sexta-feira, 25 de junho de 2010


Não me chames ilusão...
Me chame ferro .lamina afoita a cortar os músculos hirtos do tempo que sangram nuncas feitos de lagrimas e medo
Me chame tecido.De atomos.desfiado lençol de carne e vento.Artérias aflitas de fios e linhas sangüíneas a transmutar-se em ausência que te cobrem o desejo .(Trama orgânica do amor .)
Me chame ilegível .Do significado inominável,nomeia-me então, caos.
Me chame longe,das dimensões sem topografia,dos paralelos de abismos das imensidões de céus infinitos de dentro ,perdida em seu tempo.Apenas uma cor a lhe borrar o horizonte azul,branco de procura
Me chame momento.Momento despropício.momento certo .De hora errada.Momento destituído da matéria. Momento onde parecíamos eternidade.
Me chame de muitas coisas...
Mas não me chames ilusão

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