
Estou vestida de penúria rendada
vestida de transparentes silêncios que sussurram desordenados vapores incertos cintilantes
Estou vestida de uma película esquecida -obliqua ao olhar–procuro-me
De casca evaporada de constelações indomáveis
De textura volátil e versátil de variantes da realidade
Vestida de trapos,rasgos de um destino amarrotado
Estou vestida de macula encardida alinhavada ao linho etéreo de brancura púrpura
De sol que derrama açucenas ardentes nas linhas do tempo
Que fazem desfiar meus sentimentos incandescentes
Estou vestida de camadas finas de primaveras nuas
Que apodrecem no meu peito
Que nunca deixou de amar
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