domingo, 22 de agosto de 2010










Escrevo-te ecos coagulados de silêncios desamparados
Misturadas com a fúrias das silabas que salivam a ausência
Escrevo-te como quem colhe flores dentro da pele
Como quem tem partos dentro dos olhos
Escrevo-te sem fôlego sem tempo
Apenas momentos
Escrevo-te como quem vomita a vertigem de uma loucura
Escrevo-te pendurada numa corda presa a lua
Embrulhada numa folha de outono

Escrevo-te como quem bebe o horizonte e se embriaga
escrevo-te queimando as pupilas nas lembranças
Escrevo-te rodopiando no espaço de mãos dadas com o delírio
Como quem morre pela milésima vez
Sendo essa a vez que mais doeu

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