Tenho medo de te amar assim,de te sentir maior que eu.Temo sua volumosa amplidão que me cobre e me preenche os espaços com sua imensidão de evidencias carnívoras que se alastram sobre mim e me devoram as margens,os limites as curvas,os contornos e me fazes perdida.
Temo sua intensidade que me corre e me inunda ,um mar de erros líquidos que espuma, urge e me rebenta ,contra os rochedos pontiagudos dos teus olhos.
Temo tua infinidade de camadas espessas, que me envolvem e me arrastam ,por seus vales de milhares de perigos escondidos em cada esquina do teu rosto,e nos becos escuros dos teus olhos, com armadilha na boca que perssegue, abocanha e digere meu juízo.
E as mãos amparam o pensamento
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As horas deslizam rapidamente
como se me sulcassem a pele
pelos montes e vales da minha existência
são fissuras consumidas
de um vento soalheiro de mem...
Há 10 anos
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