segunda-feira, 16 de novembro de 2009

FUJA...MAS ESTAREI EM TI


Fuja... palmilhe caminhos só teus
Esconda-se nas fissuras do poente...nos confins do norte
Vá... persiga as nuvens prateadas...aquelas que tanto anseias
Esconda-se atrás das fachadas que se metaforizam em vozes (que lhe fazem promessas)
Vá atrás das divindades sem nome. Vá para os recônditos oceanos... (mas eu murmuro e em sono me ouves)
Distancie-se... negue a luz dos meus olhos criptografadas em sua pele(e minha miragem em suas pálpebras)negue-me a face do teu olhar
Vá ...resida nas linhas longínquas das latitudes terrestres
Navegue sozinho no barco do destino... (estarás na distância que nos separa os lábios) no limite transversal da obliquosidade do meu ser
Esconda-te das minhas mãos... fuja...(mas estarei em ti,disfarçada de ár que respiras)estarei diluída (em tuas veias)
(pois para mim é inútil atravessar os caminhos do tempo sem ti)




MARY

Sem comentários:

Enviar um comentário