
Grito minha tristeza em minhas artérias e veias
Abandono-me as tardes abisais e frias de um tempo que me cospe
A vida se tornou minha lápide e as noites estrofes tristes
Toco nas extremidades da utopia que me reveste o sonho (a tua procura) e escrevo na minha pupila os meus/teus sonhos (mas a saudade diluída em meus olhos lava-os a cada nova manhã)
Refugio-me no vale das sombras e planto diáfanos caules de seu olhar (dentro de mim)
E meu coração se debate na jaula da escuridão e ouço o sino da catedral onde um anjo canta cânticos silenciosos revestidos de sangue invisível (que me tinge de rubro os trajes alvos) e fito meu funeral nos braços da minha própria solidão
Contempla-me a loucura e minha alma bate asas e me vejo a um palmo de ti - finalmente alinhavei as madrugadas ao horizonte (de nos dois)
MARY
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