sexta-feira, 25 de junho de 2010



Dos meus olhos caem sonhos-
Que desfalecem ao sul
ao rumo dos meus olhos azuis de ver o mundo
dos meus olhos caem sonhos
que perderam-se nos cartesianos dos meus nervos lassos
da mata virgem tropical- atemporal que há em mim


dos meus olhos caem partos de acronicas existências
caem rastros de metafísicas minhas carnes
e seios castos
caem estrelas atômicas
quentes a queimar a minha terra crua
queimar meu corpo pálido
meus lábios
meu nome
meu sobrenome
meus braços


dos meus olhos caem as vísceras das horas mortas
caem falecidas ressurreições
caem fossilizados universos –de mim
Caem pingos de soluçados desamores
Caem desistências
E despedidas ...

Dos meus olhos caem sonhos-flores que nunca florescerão no jardim da minha vida

Sem comentários:

Enviar um comentário