sábado, 31 de julho de 2010

MINHAS PALAVRAS



Minhas palavras são nuvens enraizadas numa realidade 3d
são especiarias tiradas da horta das minhas idéias
sumos alucinógenos dos sonhos imortais
que vivem na terra de Avalon
elas são erros de toda uma humanidade
são meus cadáveres que apodrecem numa vala comum
são sucos fermentados
do meu coração e meu sangue pisado
que virou vinho podre
se embriague...
elas são cinzas do agora que viraram diamantes
e luz dos meus olhos que viram estrelas
são os dentes do tempo que me colhe os ossos
em cestas feitas da madeira da minha cruz
ecos do presente e do futuro que nem sempre virá
são beijos e beija-flores
e deles nascem jardins invisíveis
também um sol da meia noite e luas perdidas das suas fases
deguste-as e verás que o impossível não existe
e que o nada é uma célula que cresce no musgo das minhas feridas
e que o tudo é um absurdo sem limites
que tem dedos na língua

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