
Não peça que eu te esqueça
peça que eu chore lagrimas basálticas
que eu queime aas pupilas dos meus olhos
em fogueiras astrais para nunca mais te ver
Peça que eu mastigue a lamina afiada da tua longitude
que eu coma o fruto envenenado da tua voz
mas não peça que eu te esqueça
Peça que que eu alinhave minha boca as linhas de outro tempo
e emudeça
que eu me recolha como um pergaminho e vá para longe, longe de ti
que eu me lance nas profundidades da insanidade (e enlouqueça)
que eu me largue em valsas outras de mãos suicidas
mas não peça que eu te esqueça
Peça que eu me jogue em precipícios
peça que eu enterre o amor que é teu em abismos
que eu afogue meus/seus sonhos em mares revoltos
que eu perfure minha pele com laminas-da saudade
mas não peça que eu te asqueça
Sem comentários:
Enviar um comentário