
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
DURMO USANDO DE COBERTOR SUA AUSENCIA

SOU UM ABISMO RASO

Sou uma silaba a procura da palavra,Um alfabeto inteiro – de medos
Um vocábulo ferido (a facadas)que sangra falsos sorrisos
Sou Um sopro divino com sonhos tão humanos
Sou um abismo raso – um caminho estranho...Sou uma escrita vazia - uma crônica cheia de erros
Sou um bosque azul com uma praça... sem bancos
Sou uma fora da lei aprisionada (em seus olhos)
Sou uma menina (com coração de mulher) cheia de sonhosSou uma santa (assassina) - de mim mesma
Uma metade - de uma vida inteira
Sou veneno doce(que te dou em pequenas doses)
Um buraco negro (que te absorve)
Uma estrada-sem rumo-bússula (sem norte)
Sou o fim do horizonte - uma historia inacabada... Um simples nome
Um paradigma do pretérito quase perfeito do futuro do indicativo(sem você)
Uma verdade sem sentido...
Um vulcão extinto
Um mistério (oculto) um silencio oprimido...Eu sou ninguém... Uma ninguém que por você chora baixinho
sábado, 9 de janeiro de 2010
TENHO-TE SOLETRADO EM MEU DESTINO

Na mão que me abre (como se te tocasse)
Tenho-te no pensamento que me volve uma intocada intimidade
Tenho-te no desejo que revela-se no escuro enquadramento do meu quarto
Tenho-te na semi-obscuridade dos meus gestos
Tenho-te através das fachadas da luz (Nas veias das folhas onde me impera o segredo)
Tenho-te em desnudas estrofes
Tenho-te em rastros paralelos
Nas correntes do tempo que se bifurcam entre o sonho e a realidade
Tenho-te No monologar das águas
No avesso das palavras (que se desfiam em pétalas)
Tenho-te na celestial pintura que derrama a paz
No canto angelical do corpo formado humano
No gemido ilegível das madrugadas
Tenho-te soletrado no meu destino
Escrito topograficamente em meu corpo
Tenho-te na distancia que se rasga em saudades
Tenho-te nas horas que suicidam-se em esperanças
Tenho-te no reflexo mais secreto da mente
Nos lábios que bebem águas proibidas ( de amor)
Tenho-te nos meus poros
Nas minhas veias
Nas minhas artérias
Tenho te segredado...em mim
NÃO SABES QUE EMBRULHO-ME EM TEUS OLHOS

Não sabes que bebo em cálices adornados de dourado minhas lagrimas salgadas
Não sabes que embrulho-me em teus olhos( para sobreviver aos longos dias de inverno)
Não sabes que apunhalo-me com sílabas apocalípticas rompendo as fibras da minha alma
Não sabes que sangra-me a boca( que foi mordida pela saudade)
Que gelatinosas anêmonas( lembranças suas) queimam-me a pele
Não sabes Que hastes de desespero furam-me as entranhas
Que o sabor do pecado tem o gosto dos teus lábios
Não sabes que estrangulo-me em desilusões
Que sombras desenham a dor nas paredes do meu quarto
Que a loucura trajada de luz acaricia-me(demoradamente)
Que esvazio-me de mim em rituais sarcásticos
Que navego em tuas pupilas com barco a deriva (e afogo-me)
Não sabes que minha bússola só aponta em tua direção
Que laminas suaves e envenenadas (chamadas ausência) perfuram-me o corpo
Que os alvéolos do tempo sugam-me a seiva coagulada (de ti)
Não sabes que a desolação apaga a tonalidade dos meus olhos (que ao longe te fitam)
Que inspiro-te os polens dos sentidos
Que na linha da tua mão encontro o meu destino
AMO-TE ASSIM...

Amo-te assim, nas fronteiras do desconhecido (de mim)
Amo-te assim obstinadamente (em mim)
Amo-te assim vertiginosamente – primitivamente -paralelamente (obliquo a loucura)
Amo-te assim como o fervor de um último suspiro
Como fogo que beija a morte-que lambe a vida
Amo-te com lábios de mar (beijando-te o fundo do abismo)
Amo-te com mãos de corais (que te enfeitam os cabelos) com olhos de cristais (que te iluminam o caminho)
Amo-te assim com constelações no peito
Com mel em meu corpo (inteiro)
Amo-te assim sem medir conseqüências (cega de desejo)
Amo-te assim Muda (com boca selada pelo teu hálito doce)
Surda pelas barulho das mares de encanto (que me cantas)
Amo-te pelos confins do mundo
Amo-te secretamente a todos
Proibidamente amo-te
Amo-te na imensidão das terras longínquas
Amo-te em todas as minhas lembranças
Em todas as minhas insônias
Amo-te exoticamente em minha pele, angularmente(em minhas entranhas)
Amo-te com saudade nas veias - com veneno no sangue (com desespero)
Amo- te incognitamente (transversalmente de minhas mãos) horizontalmente ao amor
Amo-te a escorrer-me a paixão (A morrer-me a razão)
Amo-te em vórtices de loucura (em ápices inquietantes)
Amo-te nos mapas da nossa distancia (nas linhas cósmicas que nos unem)
Amo-te absurdamente - utopicamente (perturbadoramente)
Amo-te assim-eternamente
ÉS TU

És tu que me fecundas com pecados sublimes
Que me tatua com lábios corruptos (de ti) - e com dedos a desenhar-me a volúpia
És tu que grafitas com palavras árduas, (meus sulcos subterrâneos)
És tu que povoas minhas penínsulas proibidas
Que veleja em minhas pupilas
Que navega (ao sul de mim)
És tu que toca em minhas entranhas
Com braços em vagas espirais
Que me afaga com incógnitas vozes (a murmurar-me a loucura)-fica
És tu que me rasga a sanidade rasurada
Que molda minha nudez(em ti)
Que me esculpe o corpo (ao teu)
És tu que me pulsas em teu ventre
Que me sussurra a saliva doce (que me penetra os poros)
Que me decifra a boca (e sou eu que gemo a porta )- dos teus sonhos
És tu que me bebes o vinho que trago em meu peito
Que me sangras as veias (com uma faca chamada ausência)
BEBA-ME (SÃO AS GOTAS DA MINHA LOUCURA)

Em um altar feito de ouro e solidão
Enfeitado de velas esculpidas de lágrimas
Recolho-te os traços em potes abstratos, secretos
Disseco-te o coração num ritual benigno
E guardo-o em minhas entranhas com cadeado invisível
Saboreio a doçura de sua pele
Com boca de algodão doce
E acaricio-te o sexo com mãos ausentes
E pouso-te em meu corpo
Murmurando-te em minhas veias
Inventando-te num lirismo absurdo e impalpável
Lácteos elixires desprendem se do meu corpo (fragmentos do meu desejo)
E os ofereço (a ti) em taças sagradas
Beba-me (são as gotas da minha loucura)
Sorva-me (a seiva que te ofereço te pertence)...
Sangro-me (com punhal do amor)e a caligrafia das minhas veias te escreve nas tuas entranhas a dor que sinto na saudade que tenho em mim
Nas vazias noites (de ti)
TODA MULHER DEVERIA TER UM JARDIM FLORIDO

Toda mulher deveria de ter um jardim florido
Com rosas borboletas multi-cores para ela lembrar quando bater o desespero de como é bonita a vida
Toda mulher deveria ter um gato fofo par servir de coberta de pés nas noites solitárias e frias
Toda mulher deveria ter um recomeço de vida digno quando lhe tiram o chão
Deveria ter muito dinheiro (ta bom não precisa ser muito , só o necessário então)
Toda mulher deveria ter um sapato salto alto para arrasar
Um vestido deslumbrante
Ter muitos assessórios
Uma calcinha e um sutiã preto de renda
Uma caixinha mágica onde coubesse toda sua tristeza
Toda mulher deveria ter uma amiga... Uma boa amiga
Uma amiga em quem ela pudesse confiar e contar suas tristezas e alegrias e saber que esta tudo bem se chorar em seu ombro a noite inteira
Toda mulher deveria cuidar bem do seu corpo e da sua pele
Deveria saber que isso é muito importante depois que se passa dos 30 ,(srrsrsrsrr)
Deveria cuidar muito e muito da sua mente fazendo o que gosta e que lhe deixa feliz
Toda mulher deveria ter noção de eletronica e mecânica
E deveria ler o livro:cem venenos imperceptíveis a exames necroscópicos(hhhuuuhhhhuuhhaaaaahhhhaaaa)um dia ela vai precisar
Toda mulher deveria amar e se amar
Deveria saber que magreza e beleza é sim o que mais atrai os homens
Mas que mulheres magras também são traídas e maltratadas
Toda mulher deveria de ter um passado onde lembrá-lo não lhe causasse mágoas profundas
Um presente onde não precisasse desesperar
E um futuro onde ela tivesse a percepção de vitória
Toda mulher deveria ter noção que muitas lutas se perdem mas que isso não quer dizer que perdeu-se a guerra
Toda mulher deveria Ter noção que sofrer não é opção de vida...mas de morte
Toda mulher deveria saber lutar
E Saber desistir também quando necessário
Toda mulher Deveria ter o amor... em forma de um homem
Que a amasse como amam os anjos