
Não quero ser apenas letras ao acaso escritas
não quero ser só poemas abstratos
largados numa gaveta da vida
não quero ser um sonho derrotado
caído na sarjeta do escárnio
Não quero ser um papel qualquer
em branco,
sem escrita
sem tinta
papiro esquecido
simplesmente barro que virou Pó
canto de um pássaro triste
não quero ser um poço de inutilidades
ser razão que padece no relento
Não quero ser mais um nome que morreu
um corpo podre que que tem um belo jazido
Quero ser um texto,
pode ser breve
mas que valha a pena ser lido
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